Da plantação ao prato: a tokenização e a rastreabilidade na cadeia de alimentos
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A rastreabilidade através do blockchain vem tomando cada vez mais espaço no mundo do agronegócio. No entanto, há um conceito novo na área: a tokenização de produtos. Como ela funciona e quais são os seus benefícios para produtores e consumidores?
As modernizações no setor agro têm evoluído em uma rapidez impressionante. Isso significa que os produtores e fornecedores estão inovando cada vez mais e tendo que fazer adaptações a um mundo muito mais digitalizado e consumidores cada vez mais exigentes.
O blockchain tornou possível várias práticas desde a sua criação, em 2008, por Satoshi Nakamoto. A solução foi a precursora do Bitcoin e das criptomoedas, que hoje geram centenas de bilhões de dólares.
Hoje em dia, de acordo com pesquisa da BlockData, 8 a cada 11 empresas em bolsa têm negócios que utilizam essa tecnologia. A rastreabilidade é uma grande característica dessa era blockchain, já que oferece a possibilidade de observar todo o caminho feito pelo produto negociado desde a sua produção até a chegada no consumidor final, passando por toda a cadeia de produção.
Além do grande foco em segurança, outro importante pilar do blockchain é confiabilidade entre as partes.
Plataforma Gavea e a rastreabilidade no blockchain
A plataforma Gavea foi criada em cima do Gavea blockchain, tecnologia própria que permitiu a consolidação de um marketplace independente, com menores custos operacionais e sem a necessidade de intermediários na comercialização de commodities.
Esse processo também é conhecido como desintermediação. Ele acontece quando o blockchain cria redes independentes para executar as transações, não dependendo, portanto, do papel de intermediários para garantir a confiança. Toda a gestão se dá dentro da própria rede, através do seu protocolo interno.
As informações e documentações relacionadas aos produtos, portanto, ficam armazenadas no blockchain, que proporciona a segurança no armazenamento desses dados através da criptografia dos mesmos, oferecendo uma solução de negociação descentralizada.
E não é só isso: pensando em mais uma maneira de assegurar transações 100% digitais e seguras, houve também a implementação de smart contracts, ou contratos inteligentes, também via blockchain. Esses smart contracts são uma espécie de código programado para se autoexecutar de acordo com diretrizes definidas e compartilhadas por ambas as partes.
Essas variáveis tornam as informações fornecidas dentro da plataforma da Gavea imutáveis e, portanto, definitivas. Isso é o caso também de transações de alto valor, que podem ser executadas de forma privada e com segurança. O usuário tem total autonomia para consultar as informações e realizar transações sem se preocupar com vazamentos de dados ou problemas de confidencialidade, por exemplo.
Como a Gavea faz a tokenização das commodities?
A tokenização nada mais é do que a conversão de ativos físicos em ativos digitais no blockchain. Com essa conversão, o direito de propriedade de determinado ativo também é convertido para esse token digital. É o caso das criptomoedas, como o Bitcoin. Os tokens são armazenados, geralmente, em uma carteira digital que pode ser acessada por aplicativos da web ou móveis.
Os tokens anulam qualquer barreira geográfica e descentralizam a comercialização, além de trazer mais segurança, já que o registro de propriedade do ativo em questão é imutável. A partir do momento em que um usuário adquire tokens, ele torna-se proprietário destes. Todas as informações relacionadas àquele token ficarão armazenadas dentro da rede blockchain, permitindo rastreabilidade total.
Dentro da plataforma Gavea, os Gavea.tokens são a representação dos produtos físicos negociados pelo usuário, no caso, soja ou milho. Esses tokens são armazenados no e-Silo, uma espécie de armazém digital, que equivale à carteira digital, tudo dentro do Gavea blockchain.
Como isso está moldando o #futurodoagro?
Durante o texto, focamos em dois pilares do blockchain: a segurança e a confiabilidade. No entanto, os benefícios não param por aí.
Essa tecnologia e todas as soluções inovadoras que vêm junto a ela promovem, também, uma democratização do agronegócio. Mesmo com tantas modernizações no setor, muitos negócios ainda são feitos de maneira analógica, por telefone, papelada e burocracia exagerada que acabam por atrasar o processo e dar custos a quem está negociando.
Permitir que produtores comercializem seus produtos sem intermediação de terceiros, portanto, possibilita uma redução significativa nos custos operacionais, além de dar aos usuários a independência de escolher entre uma gama variada de ofertas de todos os cantos do Brasil.
O futuro do agro é digital, seguro e acessível, e a Gavea é pioneira nessa revolução por meio do nosso blockchain único. Faça parte desse futuro com a gente! #VempraGavea
Este artigo foi escrito por Paula Félix, Analista de Marketing da Gavea